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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alerta contra enchentes na Baixada Fluminense Geólogo prevê volume de chuva recorde no fim do ano e mapeia áreas de maior risco


Alerta contra enchentes na Baixada Fluminense


Alerta contra enchentes na Baixada Fluminense
Geólogo prevê volume de chuva recorde no fim do ano e mapeia áreas de maior risco
 POR GERALDO PERELO

Rio - A previsão de que o Rio de Janeiro deverá enfrentar a pior chuva em 70 anos, a partir de novembro, acendeu o sinal de alerta vermelho na Defesa Civil de Duque de Caxias. Uma megaoperação já começou a ser montada na cidade, envolvendo dois mil voluntários, 300 líderes comunitários e 60 presidentes de associações de moradores.

Eles estão sendo treinados para atuar nas regiões de alto risco, como Jardim Primavera, Bom Retiro, Cangulo, Campos Elíseos, Saracuruna e Xerém. Lá, segundo avaliação da Defesa Civil, cerca de 110 mil pessoas estarão vulneráveis a inundações.

O geólogo Wilson Leal Boiças, estudante do curso de doutorado em Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), prevê que a Vila Urussaí, a menos de 500 metros do Rio Saracuruna, no segundo distrito, será a primeira região a sofrer consequências das chuvas de verão. Ali, segundo ele, a lâmina d’água poderá chegar a dois metros de altura, em apenas 40 minutos.

Isso, diz ele, traria consequências sérias para os moradores. “É onde o lençol freático aflora imediatamente. O ideal é que as pessoas saiam de casa com pelo menos 30 minutos de antecedência. Vamos torcer para que só ocorram perdas materiais”, disse.

O fenômeno, segundo Wilson Boiças, será provocado pelo deslocamento de massa de ar quente, muito pesada, do Centro-Oeste do País até a Baixada Fluminense, onde se chocará com massa de ar frio. “A impermeabilização do solo impede a infiltração da água que desce da Serra de Petrópolis”, diagnostica o técnico.

Prefeitura aposta em alarmes para retirar moradores

O mês de outubro está sendo reservado para medidas de prevenção que a prefeitura de Duque de Caxias começou a tomar nas regiões sob risco de catástrofe. Elas foram mapeadas pelo Departamento de Recursos Minerais (DRM) do INEA. Até ontem, 2.680 pessoas e 680 moradias, em 20 regiões, estavam em situação de risco iminente de deslizamentos.

O diretor da Defesa Civil municipal, Luiz Cláudio Menezes, disse que equipes já estão nas ruas fazendo levantamento da situação. O trabalho vai gerar relatório que será distribuído às Secretarias de Obras, Serviços Públicos e Planejamento, para elaborarem projetos de prevenção.

O geólogo Wilson Boiças deu como exemplo de perigo iminente o bairro Amapá, também no segundo distrito. Segundo ele, as obras do Arco Metropolitano, que ligará o Complexo Petroquímico de Itaboraí ao Porto de Itaguaí, impermeabilizaram muitos locais com aterro de argila. “Sem ter para onde correr, a água vai rolar até a região e a haverá vazão além do normal”, afirma o geólogo.

Os bairros em situação de risco, começando por Urussaí, vão ganhar dispositivos de monitoramento pluviométrico e alarme, a partir do último sábado de outubro. A partir de então, serão feitos exercícios simulados de desocupação em áreas de risco. Segundo Wilson Boiças o ideal é que o sinal de alerta seja acionado automaticamente, tão logo a lâmina de água atinja 30 centímetros de altura. Isso, explica ele, deverá acontecer de madrugada, período mais propício para temporais. “Os moradores terão, em média, entre 40 a 50 minutos, para evacuar a região”, estima Wilson Boiças.

O geólogo mostra-se preocupado também com a velocidade com que a água deverá invadir a região mapeada. “Mesmo que a chuva fique apenas no limite de Xerém, por exemplo, isso já será suficiente para que o segundo distrito fique totalmente inundado, com a água devendo atingir entre 1,30m a 2m, em apenas 30 minutos”, disse.

Estudo calcula tempo da inundação

Estudos da Defesa Civil mostram que um índice de 89 mm/hora de chuva irá causar inundações em uma hora e 17 minutos em Imbariê e no Parque Fluminense. O mesmo índice, segundo os técnicos, provocará enchente em uma hora e 25 minutos nos bairros Bom Retiro e Pilar, e em uma hora e 57 minutos em Santa Cruz da Serra.

Luiz Cláudio Menezes, diretor da Defesa Civil de Duque de Caxias, explicou que a cidade foi dividida em três mil Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDECS), que poderão ser mobilizados para ajudar a população em casos de urgência. “Todos foram bem treinados e estão sempre atentos a qualquer situação que represente risco aos moradores”, disse.

Segundo o geólogo Wilson Leal Boiças, o prefeito José Camilo Zito dos Santos foi informado sobre a situação e já determinou que o bairro Urussaí seja prioridade para as obras de prevenção.

A primeira será uma comporta no Rio Saracuruna. “O município tem recursos liberados pelo governo federal para obras emergenciais, no valor de R$ 1 milhão. Mas a liberação desse dinheiro ainda depende de trâmites burocráticos”, explicou Boiças.

Vítima das chuvas de 2010, a dona de casa Adriana Maria Martins dos Santos, 29 anos, disse que não consegue dormir direito, pensando na hipótese de outra tragédia. “Fiquei em abrigo e perdi tudo que comprei para minha casa com muito suor. Só sobraram o fogão e a geladeira. Até hoje, eu, meu marido e meus três filhos dormimos no chão”, lembrou.
O DIA online
 
Municípios próximos como é o caso de Belford Roxo, Mesquita e Nova Iguaçu, também poderão sofrer. Em 2007 estes município sofreram com enchentes, casas foram destruídas e pessoas morreram e de lá para cá pouco foi feito nestes município visando a prevenção de novos danos. O município de Nova Iguaçu é um dos que nada fez, apesar de ter recebido três equipamentos vindos do Estado do Rio de Janeiro para a limpeza e manutenção dos rios existentes no mesmo. Os rios encontram-se assoreados, impossibilitando o escoamento das águas.
E o Projeto Iguaçu? Milhões em gastos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para se evitar o anunciado. Para que e para quem servil?

Pelo visto veremos novas catástrofes; e mais uma vez os incompetentes administradores fazendo caras de coitadinhos pedindo a ajuda e a compreensão da população, com a justiça assistindo tudo de camarote, sem responsabilizar e punir ninguém. Afinal quem sofrerá os danos são pobres marginalizados residentes em áreas de risco.

O Conselho de Ambiente do município de Nova Iguaçu através da representação da sociedade civil do 3º setor, tem alertado para o problema a secretaria de ambiente que 

A atual secretária de ambiente do município de nada tem feito.
Nova Iguaçu a Senhora  Elane Frossard Barbosa esta preocupada em dominar o conselho evitando que a sociedade civil seja eleita presidente do mesmo o que para ela é um absurdo, apesar de facultar na lei. Sua equipe reduzida sem estrutura apesar do município receber quase quatro milhões de reais de ICMS ecológico por ano, resumi-se em trabalhos internos e respostas ao Ministério Público sobre irregularidades ambientais cometidas pela atual administração.

O povo no caso do município de Nova Iguaçu terá que contar com a própria sorte, já que não existe gestão e os pseudo-s administradores não estão nem aí para o povo.
Rede Ambiente TV

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